L - Morfética
Queria me despir das necessidades, do conjunto de sensações obsoletas que querem atrapalhar a foto. Aquela foto que você aguardou com a calma de um leproso a espera do julgamento divino No núcleo do fim a repalavrear A palavra infinitamente. Espalha-se Pragra Pragmática Práxis. Não, até que a língua sangre. Até que os dentes a ranger Esmiúcem em pó As gengivas inflamem Com o tempo, e o vento A esvoaçar a poeira De cálcio e fósforo Sobre as lascas Pontiagudas Que sobraram Dos maxilares dos lábios empoeirados, em carne-viva. Emanando o líquido De sua boca Ao corpo Vertendo o signo de sua construção a Pulsar a esquelética risada Ultrajante arte de arranjar o orgânico dos Linguajares de impulsos cibernéticos Segregados nós de couro falso como